DESTAQUES 2023 – CINEMATECA PARAENSE

Nosso curador @ramquresma selecionou as obras audiovisuais paraenses lançadas em 2023 que se destacaram no ano. Filmes que rodaram festivais e mostras pelo Brasil e pelo mundo, exibidos e premiados. Seis entre as nove foram dirigidas e roteirizadas por mulheres. Ficção, documentário, animação e experimental mostrando a força de uma Amazônia que pulsa criatividade e poética, e vai romper preconceitos e o colonialismo com arte e afeto. Com o investimento justo e inédito da Lei Paulo Gustavo iremos romper os limites impostos por décadas de descaso com a cultura. Que 2024 essa lista seja do tamanho da nossa força gigante.

CABANA. Direção e roteiro: Adriana de Faria. Belém, 2023.


CONDOR. Direção e roteiro: Roger Elarrat. (Série) Belém, 2023.


CONTOS Mirabolantes – O Olho Do Mapinguari. Direção e Roteiro: Andrei Miralha, Petronio Medeiros. Belém, 2023.

FÃS mais rebeldes que a banda, Os. Direção: João Luciano, Thamires Cecim, Chris Araújo. Belém, 2022.

HOMEM do Central Hotel, O. Direção e roteiro: Zienhe Castro. Belém, 2019.


LUZ do mundo: Manoel Cordeiro. Direção de fotografia, roteiro e direção: Cicero Pedrosa Neto e San Marcelo. Belém, 2023.


NO vazio do ar. Direção e roteiro: Priscilla Brasil. Belém, 2022.

TERRUÁ Pará. Direção e Roteiro: Jorane Castro. Belém, 2023.


VIDA a flux. Direção, roteiro e montagem: Adrianna Oliveira. Belém, 2023.

Tese “O cinema e o audiovisual do Pará: memórias submersas de uma filmografia invisível” (2023) de Ramiro Quaresma

Esta tese de doutoramento é uma linha do tempo de histórias e memórias do cinema e do audiovisual realizados no estado do Pará entre as décadas de 1910 e 2020, assim como uma proposta de preservação e salvaguarda deste patrimônio audiovisual a partir do mapeamento, documentação, curadoria e catalogação. Um percurso íntimo e cartográfico que elabora um panorama histórico, social e político das produções audiovisuais em um mergulho na crítica e análise fílmica, em uma busca de criar uma referência para pesquisa da filmografia paraense, trazendo à tona memórias submersas pelo tempo e colocando foco em mais de um século desta filmografia invisível.

NOVO CURTA DE ADRIANNA OLIVEIRA: UM EXPERIMENTO POÉTICO ANALÓGICO-DIGITAL



“Vida a flux” (2023) foi em grande parte filmado com câmera super-8 mm, formato que popularizou os registros domésticos nos anos 1970 e foi usado por cineastas como Vicente Cecim e Ronaldo Moraes Rego. O filme de Adrianna Oliveira é uma imersão entre o urbano e fábula.

“Vida a Flux” é, segundo a cineasta, “guiado pelo tom onírico que fala a partir da experiência da realizadora ao revisitar memórias de uma criação familiar religiosa na cidade de Belém do Pará – os signos e sonoridades que evocam a presença da igreja em sua vida, conjuram-se em um emaranhado de imagens da cidade e uma atmosfera espiritual que o filme busca elaborar.”

Uma viagem audiovisual anacrônica no trabalho mais pessoal de Adrianna, uma operária do audiovisual paraense que já editou e finalizou dezenas de projetos audiovisuais, dirigiu videoclipes e documentários. Um mergulho em película pela vida da diretora e roteirista e pela cidade de uma realizadora em ascenção.

“Vida a flux” é um projeto da Bruta TV desenvolvido durante o período da pandemia onde convidou artistas audiovisuais de várias regiões do Brasil a realizarem obras com uma câmera super-8 mm que a produção enviou para a casa do artista.

Aqui neste link você assiste o filme e conhece o projeto.

https://www.bruta.tv/?fbclid=PAAaZAyjRkSKLpKMy7wRrh0RQoV97r73SP3VekmEl0CI6RzCnw0AQ3Wn4cvrA

VIDA a flux. Direção, roteiro e montagem: Adrianna Oliveira. Assistente de direção: Adriana de Faria. Direção de fotografia: Igor Amaral, Matheus Almeida. Direção de Arte: Letícia Faria. Produção executiva e set: Tayana Pinheiro. Assistente de Produção Luiz Alberto. Produção de figurino: Vinny Araújo, Mayra Martins, Balbildri. Maquiagem: Isis Penaforte. Produção musical: Leonardo Pratagy, Adrianna Oliveira. Som: Victor Kato. Elenco: Malu Guedelha. Elenco de apoio: Filipe Duarte, Leonardo Pratagy, Lucas Duarte, Rafaela Monteiro, Mityzi Passos, Francisco da Luz, Luiz Alberto, Isis Penaforte, Leticia Faria, Matheus Almeida, Igor Amaral. Apoio: Thiago PELAES, Laboratório de montagem e remontagem de imagens Amazônicas da Marahu Filmes, Fred Benevides. Belém, 2023.

6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia – Entrevista com Relivaldo Pinho

A quarta e última entrevista da 6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia é com o professor doutor Relivaldo Pinho, pesquisador paraense que há 20 anos se debruça sobre o cinema paraense para além de suas imagens e sons, desvelando a partir da análise de filmes, suas narrativas e realizadores, a sociedade e o espaço amazônico que neles estão presentes. A partir da análise dos filmes “Um dia qualquer” (1965) de Líbero Luxardo, “Ver-o-peso” (1984), uma realização coletiva, e “Dias” (2000) de Fernando Segtowick, que foram objeto de sua tese de doutorado, ensaio e artigos publicados, discute a passagem do tempo, a transformação dos espaços e o fazer artístico na cidade de Belém, a partir de referências filosóficas, literárias e antropológicas. Pensamento que assume o formato audiovisual no documentário “Fisionomia Belém”, dirigido por ele e Yasmim Pires em 2015.

Relivaldo Pinho é formado em Comunicação Social (UFPA), Mestre em Planejamento do Desenvolvimento (NAEA/UFPA) e doutor em Ciências Sociais – Antropologia (UFPA). Organizador do livro de textos e ensaios “Cinema na Amazônia: textos sobre exibição, produção e filmes” (CNPq, 2004). Autor dos livros “Amazônia, cidade e cinema em Um dia qualquer e Ver-o-Peso: ensaio” (IAP, 2012), publicado pelo prêmio Vicente Salles de melhor ensaio do Instituto de Artes do Pará (IAP), e “Antropologia e filosofia: experiência e estética na literatura e no cinema da Amazônia” (ed.ufpa, 2015), prêmio Benedito Nunes de Teses de Doutorado, na UFPA. A mediação é do Prof. Dr. Ramiro Quaresma, idealizador e curador da Cinemateca Paraense e coordenador do projeto extensão “Cinemateca Paraense: ações formativas, fórum de discussões e cineclubismo” (ICA/UFPA), com produção e coordenação de pesquisa da museóloga Deyse Marinho.

A 6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia uma realização da Cinemateca Paraense, do Projeto de Extensão “Cinemateca Paraense: ações formativas, fórum de discussão e cineclubismo”, do Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará, e tem apoio do Laboratório Cisco, do Cinelimite e da Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros.

6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia – Entrevista com Adrianna Oliveira

Na terceira entrevista da 6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia recebemos para um bate-papo a documentarista, realizadora e editora audiovisual Adrianna Oliveira, que falou sobre seu processo criativo, que inicia com curtas-metragens universitários, a experiência como editora em inúmeros projetos audiovisuais e como diretora de documentários e videoclipes. Uma trajetória recente mas que se impôs pela assinatura estética, ritmo e um fino acabamento audiovisual, que a inseriu com um dos nomes a ser acompanhado no presente e para o futuro do audiovisual amazônico.

Adrianna Oliveira possui mais de 12 anos de experiência nas áreas de direção, montagem e finalização audiovisual. Seu filme de estreia como documentarista, “A Batalha de São Bráz”, foi exibido em festivais importantes ao redor do país, incluindo In-Edit Brasil, MIMO e Mostra SESC Nacional de Cinema. Dirigiu videoclipes para artistas como Sammliz, Pratagy e Luê. Editou o curta-metragem de Zienhe Castro “O homem do Central Hotel” (2019). Ao longo de sua trajetória na publicidade e no cinema, Adrianna busca promover e fortalecer os signos culturais de sua cidade, Belém do Pará. Hoje, a cineasta faz parte da equipe de montadores das séries “Olhares do Norte” e “Bar Brasil”, produzida pela Marahu Filmes, e finaliza seu curta-metragem “Vida a Flux”, em parceria com a produtora Seiva (SP).

A 6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia uma realização da Cinemateca Paraense, do Projeto de Extensão “Cinemateca Paraense: ações formativas, fórum de discussão e cineclubismo”, da Escola de Teatro e Dança e do Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará, e tem apoio do Laboratório Cisco, do Cinelimite e da Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros. Coordenação do Prof. Dr. Ramiro Quaresma e coordenação de pesquisa/produção de Deyse Marinho.

6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia – Entrevista com João Luciano

A segunda entrevista da 6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia é com João Luciano, uma das mentes por trás da produtora Inovador Talvez, que surgiu da iniciativa de alunos das primeiras turmas de Cinema e Audiovisual da UFPA. Quebrando barreiras impostas pelas dificuldades encontradas no curso e no mercado, o jovem diretor, produtor e roteirista se juntou a outros estudantes de cinema como Tamires Cecim, Rafael B. Silva, Suelen Nino, Artur Tadaiesky e Fillipe Rodrigues, e com a sua produtora realizaram a partir de 2015 uma série de curtas-metragens independentes e impressionantes dois longas-metragem.

João Luciano é natural de Imperatriz no estado do Maranhão, seu pai paraense um produtor cultural que o incentivou a seguir carreira no campo das artes. No curso de Cinema e Audiovisual da UFPA assume a direção e o roteiro de “Príncipes no Exílio” (2016), assistência de direção da animação Adão (2017), a direção e o roteiro de “Me entedie mais” (2018), o roteiro e a produção do longa-metragem “A Besta pop” (2018). Em 2022 a Inovador Talvez, já formado, lançou seu segundo longa-metragem, “Os fãs mais rebeldes que a banda” (2022) que já foi exibido e premiado em diversos festivais. Uma trajetória recente porém intensa que está quase toda disponível no canal de vídeos do YouTube da Inovador Talvez.

A 6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia uma realização da Cinemateca Paraense, do Projeto de Extensão “Cinemateca Paraense: ações formativas, fórum de discussão e cineclubismo”, da Escola de Teatro e Dança e do Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará, e tem apoio do Laboratório Cisco, do Cinelimite e da Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros.

6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia – Entrevista com William Plotnick

A primeira entrevista da 6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia é com William Plotnick, um dos técnicos responsáveis pela nova cópia em 2k do curta-metragem paraense “Vila da Barca”, dirigido por Renato Tapajós em 1964. foi digitalizado em 2K em Nova York a partir de uma cópia positiva em 16mm que estava guardada no arquivo pessoal de Renato Tapajós. Segundo William, o filme apresentava sérios sinais de síndrome do vinagre e encolhimento e foi digitalizado em velocidade lenta. Um trabalho primoroso que revela imagens do filme paraense de forma nunca vistas antes e vamos conversar sobre este processo de preservação do cinema.

William Plotnick é arquivista e co-fundador do Cinelimite ( cinelimite.com ) e da Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros, dedicada a expandir a acessibilidade à história do cinema brasileiro nos Estados Unidos e em outros países de língua inglesa. William possui bacharelado pela Universidade de Massachusetts e mestrado em Estudos de Cinema e Mídia pela Universidade de Columbia. Suas pesquisas abordam temas como mídias de baixa resolução, arquivamento de filmes no Brasil e estudos de pirataria.

A 6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia uma realização da Cinemateca Paraense, do Projeto de Extensão “Cinemateca Paraense: ações formativas, fórum de discussão e cineclubismo”, da Escola de Teatro e Dança e do Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará, e tem apoio do Laboratório Cisco, do Cinelimite e da Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros.

6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia

6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia

Entre os dias 24 e 27 de Outubro a Cinemateca Paraense irá realizar a sexta edição da Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia, evento em alusão ao Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual, uma data pensada pela UNESCO com o objetivo de conscientizar os governos e a sociedade da importância da preservação de filmes como a memória do mundo. A Cinemateca Paraense em 2023 completa 13 anos de existência independente na pesquisa, catalogação e difusão do cinema e do audiovisual paraenses e com seu idealizador e curador, o Prof. Dr. Ramiro Quaresma, professor no Instituto de Ciências da Arte da UFPA, se tornou um projeto de extensão universitária para potencializar sua força e alcance cultural e social. 

Nesta edição vamos contar com a exibição na nova cópia em 2k do curta-metragem paraense “Vila da Barca”, realizado em 1964 pelo cineasta paraense Renato Tapajós, um clássico e um dos mais importantes filmes da história do cinema no Pará, prestes a completar 60 anos de história. Vamos conversar com William Plotinik, técnico em digitalização e restauração de filmes e cofundador do projeto Iniciativa de Digitalização de FIlmes Brasileiros e do Cinelimite, responsável por uma revolução no campo da preservação, recuperação e digitalização do cinema brasileiro nos últimos anos, que trouxe para o mundo essa versão de “Vila da Barca” com som e imagem restaurados, feita a partir de uma cópia em filme 16 mm do acervo pessoal do cineasta.

“Vila da Barca” captura o cotidiano dos habitantes desse lugar perdido na memória na periferia de Belém registrado por Renato Tapajós no início dos anos 1960 e foi finalizado em São Paulo na Cinemateca Brasileira. Proibido de ser lançado em 1964 pela ditadura civil-militar, o filme foi levado escondido para a Europa, onde na Alemanha venceu o prêmio de curta-metragem no festival de Leipzig. Tapajós radicou-se em São Paulo onde passou a realizar documentários políticos e foi preso nos anos 1970 por “subversão e agitação política” pela ditadura. O filme foi produzido em Belém por Abilio Couceiro, com colaboração de Cláudio Barradas, Isidoro Alves e Acyr Castro, com câmera de Fernando Melo e montagem do próprio realizador junto com João Batista de Andrade e Maurice Capovilla. Um clássico do cinema brasileiro e paraense.

A Semana também recebe para uma conversa dois jovens realizadores paraenses que vão falar sobre suas trajetórias recentes e premiadas no audiovisual. João Luciano é um dos nomes por trás da Inovador Talvez, a produtora do primeiro longa-metragem universitário paraense, “A Besta Pop” (2018), da qual foi roteirista e produtor, e que lançou recentemente outro longa. “Os jovens mais rebeldes que a banda” (2022), do qual é roteirista e diretor. Adrianna Oliveira é uma documentarista, diretora e editora de filmes da nova geração, já com 10 anos de atuação em audiovisual, premiada desde suas primeiras obras, como “Espátula e bisturi” (2013), diretora de uma série de videoclipes para artistas paraenses, e do documentário  “A batalha de São Bráz” (2015), selecionado para vários festivais nacionais.

Pra finalizar Semana conversamos com Relivaldo Pinho, professor e doutor em Antropologia, organizador do livro “Cinema na Amazônia: textos sobre exibição, produção e filmes” (CNPq, 2004), autor dos livros “Amazônia, cidade e cinema em Um dia qualquer e Ver-o-Peso: ensaio” (IAP, 2012), e “Antropologia e filosofia: experiência e estética na literatura e no cinema da Amazônia” (ed.ufpa, 2015), e coordenou e foi um dos diretores do documentário Fisionomia Belém (2015). Uma semana dedicada ao cinema paraense, do passado e do presente, contribuindo para o reconhecimento de realizadores, técnicos e pesquisadores que em suas obras registram as imagens em movimento que ajudam a contar e recontar nossas histórias. As entrevistas serão mediadas pelo idealizador e curador da Cinemateca Paraense, com produção e coordenação de pesquisa da museóloga Deyse Marinho. 

A 6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia tem apoio do Laboratório Cisco, do Cinelimite e da Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros, em uma realização da Cinemateca Paraense, do Projeto de Extensão “Cinemateca Paraense: ações formativas, fórum de discussão e cineclubismo”, da Escola de Teatro e Dança e do Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará. 

Serviço

Dia 24/10

Entrevista com William Plotinik e exibição da nova cópia em 2k de “Vila da Barca” (1964)  de Renato Tapajós;

Dia 25/10

Entrevista com João Luciano, roteirista, diretor e produtor.

Dia 26/10

Entrevista com Adrianna Oliveira, documentarista, diretora e produtora.

Dia 27/10

Entrevista com Relivaldo Pinho, professor, pesquisador e documentarista.

Onde

Canal do Youtube e site da Cinemateca Paraense

6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia

www.cinematecaparaense.wordpress.com

https://www.youtube.com/@cinematecaparaense

Contato:

E-mail: cinematecaparaense@gmail.com

Contato: (91)98598 8930 (Ramiro Quaresma)

Tese de doutorado “O cinema e o audiovisual do Pará: memórias submersas de uma filmografia invisível” de Ramiro Quaresma

Na foto, da esquerda para a direita, Maurício Gino, Gustavo Soranz, Evandro Lemos (orientador), Ramiro Quaresma, Lucia Pimentel e Mariana Tavares.

O idealizador e curador da Cinemateca Paraense defendeu em 23 de junho de 2023 sua tese de doutorado, entitulada “O cinema e o audiovisual do Pará: memórias submersas de uma filmografia invisível”, no Programa de pós-graduação da Escola de Belas Artes da Universidade federal de Minas Gerais. Orientada pelo Prof. Dr. Evandro Lemos, Emérito da UFMG, a tese teve conceito excelente e foi indicada pela banca para publicação. Em breve estará disponível no Repositório da UFMG.

Resumo

Esta tese de doutoramento é uma linha do tempo de histórias e memórias do cinema e do audiovisual realizados no estado do Pará entre as décadas de 1910 e 2020, assim como uma proposta de preservação e salvaguarda
deste patrimônio audiovisual a partir do mapeamento, documentação, curadoria e catalogação. Um percurso íntimo e cartográfico que elabora um
panorama histórico, social e político das produções audiovisuais em um mergulho na crítica e análise fílmica, em uma busca de criar uma referência
para pesquisa da filmografia paraense, trazendo à tona memórias submersas pelo tempo e colocando foco em mais de um século desta filmografia invisível.


Palavras-chave: cinema paraense, cinema brasileiro, patrimônio audiovisual, memórias, preservação.

https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/58827

Conversa sobre “Direção de arte e figurino no cinema”, com Letícia Faria e Ketlen Suzy

O projeto de extensão “Cinemateca Paraense: ações formativas, fórum de discussão e cineclubismo” realiza seu primeiro evento de 2023 com o tema “Direção de arte e figurino no cinema” e tem como convidadas a diretora de arte Letícia Faria e a figurinista Ketlen Suzy, que irão apresentar suas experiências artísticas desenvolvidas no campo audiovisual e depois trocar ideias com o público presente.

Leticia Faria atua na área de direção de arte para plataformas de streaming como Netflix, Globoplay e HBO Max há 9 anos, em 2018 fez seu primeiro projeto em Belém e de lá pra cá se estabeleceu nesse mercado, e também trabalha com cenografia para eventos como o Festival Psica. Ketlen Suzy é estilista e figurinista, fez o figurino da mais recente série televisiva de Roger Elarrat, “Condor”, que estreia este ano na TV.

O projeto de extensão coordenado pelo professor da UFPA e pesquisador de cinema Ramiro Quaresma tem por objetivo criar conexões entre os profissionais de cinema e audiovisual com discentes de teatro, dança, cenografia e figurino da Escola de Teatro e Dança da UFPa e o público interessado, incentivando o estudo e a prática cinematográfica no âmbito da universidade.

O evento é gratuito e irá fornecer certificados de participação para os interessados.

Serviço: Projeto de extensão “Cinemateca Paraense”, conversa sobre “Direção de arte e figurino no cinema”, com Letícia Faria e Ketlen Suzy.

Dia 24 de maio de 2023 às 18h no Teatro Universitário Cláudio Barradas
Entrada Franca, com certificado para os interessados.